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Um resumo do capítulo 12 do Bhagavad Gita: Bhakti Yoga

Um resumo do capítulo 12 do Bhagavad Gita- Bhakti Yoga - Ricardo Oliveira Mantras

O capítulo 12 do Bhagavad Gita, intitulado “Bhakti Yoga” ou “O Caminho da Devoção”, é um dos mais curtos e essenciais de toda a obra. Nele, Krishna responde a uma pergunta crucial de Arjuna, que busca entender qual é o caminho mais elevado para a realização espiritual: a adoração ao Deus pessoal e manifesto (Bhakti Yoga) ou a meditação no Imanifesto e no Absoluto.

A resposta de Krishna estabelece a primazia da devoção pessoal, o Bhakti Yoga, como o caminho mais acessível e eficaz para a maioria das pessoas. Ele explica que, embora ambos os caminhos levem ao mesmo objetivo, o da devoção é mais fácil e rápido para os seres encarnados, que estão limitados pelas amarras do mundo material. Meditar sobre o Imanifesto, o Impensável e o Indefinível, é um esforço árduo e complexo.

No capítulo, Krishna detalha as qualidades de um devoto ideal, aquele que lhe é mais querido. Essas características formam um guia prático para uma vida espiritual elevada, independentemente da religião ou crença:

  • Não ter ódio por nenhum ser vivo: Ser amigável, compassivo e bondoso com todos.
  • Ser desinteressado: Viver sem egoísmo e sem apego aos resultados das ações.
  • Equanimidade: Manter-se inalterável na felicidade e na tristeza, no elogio e na crítica.
  • Contentamento: Ser satisfeito com o que se tem e não desejar o que é dos outros.
  • Autodisciplina: Manter a mente e os sentidos sob controle.
  • Fé inabalável: Ter uma crença firme e total em Deus como a meta suprema.

O capítulo 12 culmina com a afirmação de que a devoção pura a Krishna, ou a qualquer forma de Deus, é o meio mais seguro e direto de se libertar do ciclo de nascimentos e mortes. Krishna promete salvar rapidamente aqueles que fixam suas mentes Nele, entregando a Ele todas as suas ações e fazendo-O o único refúgio.

Em suma, o Capítulo 12 do Bhagavad Gita é uma celebração do poder transformador do amor e da devoção. Ele simplifica a complexidade da espiritualidade e nos lembra que a conexão mais profunda com o divino não se encontra em rituais ou filosofias abstratas, mas em um coração puro e devotado.

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